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Curva ABC no Orçamento de Obras: Como Evitar Surpresas no Canteiro

  • Foto do escritor: Engº Fabrício Balestrin
    Engº Fabrício Balestrin
  • 1 de jun.
  • 3 min de leitura

Saiba como 20% das tarefas podem consumir 80% do orçamento. Entenda o Princípio de Pareto e a Curva ABC na engenharia civil.


Ilustração do Princípio de Pareto aplicado à construção civil, mostrando que 20% das tarefas de uma obra podem representar 80% do investimento total, com gráfico visual comparando áreas da edificação e a distribuição dos custos.
Aplicação do Princípio de Pareto no orçamento de obras: 20% das tarefas concentram até 80% dos investimentos, exigindo atenção redobrada nessas etapas críticas para garantir controle de custos e eficiência na gestão orçamentária.


Você sabia que 20% das tarefas da sua obra podem consumir 80% do seu orçamento? Isso não é coincidência — é o famoso Princípio de Pareto em ação, e ele pode ser a chave para evitar estouros de orçamento e tomar decisões mais estratégicas no canteiro de obras.


O que é o Princípio de Pareto?


O Princípio de Pareto, também conhecido como regra 80/20, afirma que 80% dos resultados vêm de 20% dos esforços. Na engenharia civil, essa lógica pode ser aplicada diretamente ao orçamento:


20% das etapas da obra concentram 80% dos custos.


Os 80% restantes são tarefas menores, que somam apenas 20% do investimento.


Ou seja, é essencial identificar quais são essas atividades críticas que mais impactam o seu orçamento — e tratá-las com atenção redobrada.


Aplicando o Princípio de Pareto ao Orçamento de Obras


Ao analisar um orçamento, especialmente em obras públicas, é comum notar que:


A fundação, estrutura e acabamentos de alto padrão costumam estar no topo da lista de gastos.


Atividades como instalações complementares ou serviços preliminares representam um volume menor de custo.


🔍 O segredo é priorizar o controle nas etapas que realmente impactam o caixa. Isso significa acompanhar de perto as atividades que envolvem altos volumes de insumos, mão de obra intensiva ou materiais especializados.


E a Curva ABC? O Complemento Ideal


Se o Princípio de Pareto ajuda a enxergar a concentração dos custos, a Curva ABC entra como ferramenta prática para classificar os itens orçamentários:


  • Classe A: Itens que representam maior impacto financeiro, mas que são poucos em quantidade (os famosos 20%).


  • Classe B: Itens intermediários.


  • Classe C: Muitos itens com baixo impacto individual.


👉 Utilizar a Curva ABC é uma forma objetiva de organizar sua planilha orçamentária e visualizar onde estão os maiores riscos e oportunidades de economia.


Como Usar Isso no Dia a Dia?


Ao revisar o orçamento, comece pelas composições de maior valor.


Classifique os insumos/composições com base no critério ABC para definir foco nas negociações.


Use ferramentas como Seobra, AltoQi, Sienge, OrçaFascio para gerar automaticamente essas análises.



Comparativo visual dos principais softwares para orçamento de obras na construção civil. A imagem divide os sistemas que funcionam em ambiente BIM — AltoQi Visus, SEOBRA e OrçaFascio — e os que funcionam fora do ambiente BIM — i9 Orçamentos, Sienge, Orçamentor e Vigha.
Principais softwares utilizados no orçamento de obras no Brasil, divididos entre os que operam em ambiente BIM (como AltoQi, SEOBRA e OrçaFascio) e os que funcionam fora desse ambiente (como i9 Orçamentos, Sienge, Vigha e Orçamentor). A escolha da ferramenta ideal depende do nível de integração com projetos e da maturidade digital da equipe.



📌 Aqui estão alguns links úteis para você explorar a Curva ABC na prática:



Conclusão: Saber Onde Focar é Saber Economizar


Controlar cada detalhe do orçamento é importante, mas saber onde está a maior parte do impacto financeiro é ainda mais. O Princípio de Pareto e a Curva ABC não são apenas teorias: são estratégias práticas que ajudam engenheiros e orçamentistas a tomarem decisões mais inteligentes, economizando tempo e dinheiro.

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